A Ebit divulgou os resultados do 35º Webshoppers, o estudo de maior credibilidade sobre o comércio eletrônico nacional, que faz uma retrospectiva de 2016 no e-commerce e traça estimativas para 2017. O relatório mostra que, apesar da crise, o fechamento de 2016 foi positivo para o varejo online.
2016 foi um ano marcado pela crise, afetando a situação econômica da população e fechando muitas empresas. Em meio a esse cenário, o e-commerce caminhou na contramão do mercado e apresentou crescimento de 7,4% em relação a 2015.
Apesar do crescimento, o número de pedidos permaneceu praticamente o mesmo comparado a 2015. Em 2016 foram realizados 106,3 milhões de pedidos, em 2015 foram realizados 106,5 milhões de pedidos.
O que se destacou foi um aumento no tíquete médio das compras, foi registrado um aumento de 8%, proporcional ao aumento das vendas, gerando um tíquete médio de R$417. O total de consumidores também cresceu, em 2015 foram 39,14 milhões de pessoas fazendo compras pela internet, em 2016 foram 47,93 milhões.
Esse aumento de consumidores é um reflexo da popularização do acesso à internet através de dispositivos móveis, permitindo que novos clientes conhecessem os preços baixos do comércio eletrônico aliado a comodidade de comprar sem sair de casa. Em 2016, 21,5% das compras foram realizadas por meio de smartphones ou tablets.
Perfil do consumidor
A região sudeste continua em primeiro lugar na participação das vendas, foram 60% em 2016, registrando uma pequena queda de 4,5% em relação a 2015. Todas as outras regiões registraram crescimento na participação das vendas, com destaque para a região sul com 15,9% e a centro-oeste com 8,5%.
A idade média dos consumidores continua 43 anos, e a participação feminina foi maior em 2016, com 51,6% contra 48,6% em 2015.
O consumidor online preferiu o pagamento a vista em 2016, 42,2% das compras online foram feitas com esse método de pagamento. Muitas lojas incentivam essa forma de pagamento oferecendo descontos para pagamentos à vista.
Categorias mais vendidas
Em volume de pedidos, a moda voltou a se destacar em 2016
- Moda e Acessórios – 13,6%
- Eletrodomésticos – 13,1%
- Livros/Assinaturas/Apostilas – 12,2%
- Saúde/Cosméticos e Perfumaria – 11,2%
- Telefonia/Celulares – 10,3%
Em volume de faturamento, os eletrodomésticos ficaram em primeiro lugar
- Eletrodomésticos – 23%
- Telefonia/Celulares – 21%
- Eletrônicos – 12,4%
- Informática – 9,5%
- Casa e Decoração – 7,7%
Estimativa para crescimento em 2017
A Ebit prevê um crescimento de 12% no faturamento do e-commerce para 2017, atingindo um total de R$49,7 bilhões. Assim como 2016, o tíquete médio também deve registrar um aumento de 8%, chegando a R$452 graças a vendas de produtos com maior valor agregado.
Para os dispositivos móveis, a expectativa é que a participação nas compras virtuais através de smartphones e tablets chegue a 32%.
O relatório completo pode ser baixado aqui.